Muitas vezes em nossa vida nos deparamos com situações semelhantes a uma lagarta se transformando em borboleta. São situações difíceis, demoradas e que nos requer paciência e perseverança. Não é fácil encontrar-se rastejando, sendo humilhada, desprezada pelos outros pelo fato de ser lagarta. Muito menos estando em um casulo, trancada, sozinha, com medo do que possa acontecer, com receio de que seja o fim. Nesse processo lento de metamorfose, a vida nos dá a oportunidade de ser melhores, de viver a experiência de nos isolar, nos enxergar por inteiro e de mudar de dentro pra fora.
A saída do casulo, sem dúvida, é um processo doloroso, porém, a transformação em borboleta compensa toda a espera e o sofrimento.
Eu, como admiradora de borboletas, tenho vivido essa fase de metamorfose com os olhos fixos na minha meta: tornar-me borboleta! Não quero mais ser lagarta, que vive na superfície. Minha meta é o alto. Tenho aprendido com Jesus a viver esse processo. Ele tem me dado forças para perseverar e continuar lutando rumo ao meu objetivo maior.
Quando o sofrimento vem, me lembro de Exupéry, que ao narrar a despedida do Pequeno Príncipe e da sua flor, diz que "É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas". Jesus me ensina isso a cada dia, me dando a paciência necessária para suportar as eventuais larvas que possam surgir em minha vida. Ele me faz lembrar que as borboletas virão e que é necessário passar por isso. 
Tem sido difícil, mas sei que meu dia de borboleta chegará. E quando isso acontecer, vou alçar voo, vou borboletear, mostrar minhas cores ao mundo, as cores que adquiri dentro do casulo, na vivência desse processo de vir a ser borboleta.
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